sexta-feira, 4 de abril de 2014

Fôlego

Esse lado sensível que vivo a esconder
é notório na poesia que decreto.
Em agonia, não pretendo sorrir,
transbordo letras.
Declaro fonte viva,
verbo pulsante que vibra,
escrituras sagrada-humanas,
tábulas da lei que não convencem,
por conseguinte não é esse o desejo.
É apenas vulnerabilidade transcorrida no papel.
Escrevo como se fosse a última dose,
Como faca que atravessa o coração
e sangue pulsante escorrendo pelo colchão.
Esse é meu testamento pro' mundo que esquecerá que presente estive.
Mesmo entre vermes e areia,
estarei viva em meus entes,
Estarei viva nos beijos que dei naquele dia,
Na minha cria,
Na palavra dita,
No amor que doei
E na Poesia.

(Lê, por favor, os marcados em negrito. Obrigada.)






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