Esse lado sensível que vivo a esconder
é notório na poesia que decreto.
Em agonia, não pretendo sorrir,
transbordo letras.
Declaro fonte viva,
verbo pulsante que vibra,
escrituras sagrada-humanas,
tábulas da lei que não convencem,
por conseguinte não é esse o desejo.
É apenas vulnerabilidade transcorrida no papel.
Escrevo como se fosse a última dose,
Como faca que atravessa o coração
e sangue pulsante escorrendo pelo colchão.
Esse é meu testamento pro' mundo que esquecerá que presente estive.
Mesmo entre vermes e areia,
estarei viva em meus entes,
Estarei viva nos beijos que dei naquele dia,
Na minha cria,
Na palavra dita,
No amor que doei
E na Poesia.
(Lê, por favor, os marcados em negrito. Obrigada.)
sexta-feira, 4 de abril de 2014
A carta que não foi enviada
Amor meu,
lembro das tuas mãos em meus pés,
do cheiro de nicotina e suor,
da cor da sua pele e boca.
Lembranças de tardes ao lado seu,
que agora arrancam de mim a sanidade.
Eu queria poder destruir
cada fotografia mental criada
e descartar cada palavra mentirosa lançada.
Querido,
você ainda existe em mim.
Aquele xadrez lindo que você usava fui eu quem escolhi.
As influências que você largou no meu peito
agora apertam tão forte
que minhas lágrimas esguicham sua memória.
Sua mulher.
lembro das tuas mãos em meus pés,
do cheiro de nicotina e suor,
da cor da sua pele e boca.
Lembranças de tardes ao lado seu,
que agora arrancam de mim a sanidade.
Eu queria poder destruir
cada fotografia mental criada
e descartar cada palavra mentirosa lançada.
Querido,
você ainda existe em mim.
Aquele xadrez lindo que você usava fui eu quem escolhi.
As influências que você largou no meu peito
agora apertam tão forte
que minhas lágrimas esguicham sua memória.
Sua mulher.
quinta-feira, 27 de março de 2014
Tédio
Desejo vazio,
sem graça
de fazer o que tiver
e desvontade máxima
de viver.
Dúvida constante
da onde ir,
de quem falar,
do que escrever,
falta de entretenimento,
repetidas vezes zero,
amigos sem graça,
livros já lidos e relidos,
papel escrito e jogado fora,
sem extremo de nada,
vontade louca que dá e passa,
que vai e volta,
que espanca e amortece,
apenas sente e amorna,
do que esperar,
do que se sabe e se espera,
da vida que acontece
sem ao menos fazer ruído.
É a espera insana de algo que nunca irá ser
ou se fazer estar.
Eis que para o nada retorna, ao mínimo
ato de consolidar,
a vontade morta.
sem graça
de fazer o que tiver
e desvontade máxima
de viver.
Dúvida constante
da onde ir,
de quem falar,
do que escrever,
falta de entretenimento,
repetidas vezes zero,
amigos sem graça,
livros já lidos e relidos,
papel escrito e jogado fora,
sem extremo de nada,
vontade louca que dá e passa,
que vai e volta,
que espanca e amortece,
apenas sente e amorna,
do que esperar,
do que se sabe e se espera,
da vida que acontece
sem ao menos fazer ruído.
É a espera insana de algo que nunca irá ser
ou se fazer estar.
Eis que para o nada retorna, ao mínimo
ato de consolidar,
a vontade morta.
quarta-feira, 26 de março de 2014
Precipitação
Saia,
dê - me nome,
limpa o rosto,
segue tonto,
mas siga.
Não determine,
não precisa.
Volte,
abra a porta,
não me diga,
não me tente.
Suje o rosto com batom,
segue amando,
determinado.
Sal nos olhos,
descendo,
cometa,
sol,
estrela,
Lembranças,
no mar ,agitando-se
pronta para engoli-lo.
Afunda teus olhos na água,
Vê!
Ainda amo você.
Agora,
Vá!
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